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Crise faz cidades voltarem a usar lixões para descarte de resíduos, prefeituras não hesitam em fazer cortes

Pela primeira vez, desde que foi implantada a política nacional de resíduos sólidos, em 2010, voltou a crescer o número de cidades que assumem usar os lixões para o descarte do lixo. Em 2016, sete municípios que já vinham descartando os resíduos em aterros sanitários e aterros controlados, espaços mais adequados para o tratamento dos resíduos, voltaram a usar os lixões.
 
O número parece pequeno, mas a prática é proibida desde 1981 e as prefeituras tinham até 2014 para acabar com esses locais. Os números são da Abrelpe, a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Sólidos, que monitora o sistema de tratamento de resíduos sólidos do país desde 2003. O descarte do lixo em aterros sanitários custa entre R$ 90 e 1$ 100 por tonelada. Já o descarte em lixões teria custo zero.
 
Para o presidente da Abrelpe, Carlos Silva Filho, com a crise econômica, as prefeituras, responsáveis pela gestão do lixo, não hesitam em fazer cortes no setor. 

Segundo a Abrelpe, o custo anual para o descarte adequado de todo o lixo do país é estimado em R$ 750 millhões. Já os gastos com os problemas gerados pelo impacto do lixo no meio ambiente e na saúde das pessoas custa cerca de R$ 3,6 bilhões. Também foi registrada uma queda de quase 6% nos empregos de limpeza pública, com 17.700 vagas fechadas em todo país.
 
Hoje o Brasil gasta, em médio, R$ 9,90 por mês, por pessoa com a coleta de resíduos e 18 milhões e 400 mil brasileiros ainda não são atendidos pelo serviço de coleta de lixo...

Prefeitura de Sobradinho forma uma "Força Tarefa" na busca de soluções para as famílias que sobrevivem dos resíduos sólidos

Na busca de soluções para melhorar a vida dos catadores de lixo em Sobradinho, aconteceu nesta terça-feira(25), uma ação conjunta entre as secretarias municipais e as 29 pessoas que sobrevivem do trabalho com os resíduos sólidos. As pastas de Agricultura e Meio Ambiente, Saúde, Educação e Assistência social uniram forças e disponibilizaram seus serviços aos catadores, que vivem na área do lixão.

"Essa foi uma medida de gestão que visa solucionar este problema social e oferecer uma melhor qualidade de vida as 29 pessoas que moram no lixão, oferendo a elas uma outra alternativa de vida. Alguns são de Sobradinho, outros vêm das cidades vizinhas. Pretendemos tirar essas pessoas da invisibilidade e garantir-lhes mais dignidade", declarou o Secretário de Agricultura e Meio Ambiente, Leneildo Monteiro...